Nada de Hipócrates por aqui. Afinal, é de uma hipocrisia (me desculpe, não resisti a fazer essa graça) afirmar que alguém nascido em 460 a.C. é o “pai” de algo que 2500 anos antes já era praticado e Nada de Hipócrates por aqui. Afinal, é de uma hipocrisia (me desculpe, não resisti a fazer essa graça) afirmar que alguém nascido em 460 a.C. é o “pai” de algo que 2500 anos antes já era praticado e documentado.
Imhotep, filho de Khreduankh e do deus Ptah, viveu durante o Antigo Império Egípcio, mais precisamente na terceira dinastia do antigo Egito sob a rege do faraó Djoser, entre os anos de 2686 – 2613 a.C.
Dotado de muito conhecimento, foi arquiteto, engenheiro, filósofo, astrólogo, astrônomo, sumo sacerdote de Rá e médico.
Provavelmente filho de pais aristocráticos, recebeu o título de Nobre hereditário e deve ter começado seus estudos ainda muito criança com seu pai nas oficinas reais de Mênfis, além de ter sido educado por um escriba e ter entrado na vida sacerdotal na sua pré-adolescência, onde passou por uma extensa educação nas artes e nas ciências até chegar ao cargo de Sumo Sacerdote.
Dentro de sua caminhada no campo da medicina se encontra o diagnóstico e tratamento de mais de 200 doenças, entre elas o tratamento de tuberculose, cálculos biliares, apendicites, gota, artrites e também realizou algumas cirurgias.
Possuía conhecimento de anatomia humana extremamente aprimorado, sendo de seu conhecimento a posição e a função dos órgãos vitais do corpo humano, bem como da circulação sanguínea.
Entre os gregos, Imhotep é chamado de Imuthes e identificado como Asclépio, filho de Apolo, e seus ensinamentos, chamado de princípios herméticos são a base dos conhecimentos Gnóstico, Templário, Illuminati, Rosa Cruz e Maçom.
Isso é a exemplificação do problema identificado por Cheik Anta Diop em seus diversos escritos: na historiografia, o erro crucial é a falsificação da história africana, tentando apagar da memória mundial a verdade histórica.
Imhotep é e sempre será filho de Khreduankh e do deus Ptah, o verdadeiro pai das ciências médicas que morreu homem e se tornou um deus negro.
Patrono dos médicos no Egito, 100 anos após sua morte foi considerado um semideus e em aproximadamente 525 a.C. elevado à categoria de deus, reconhecido pelos egípcios do Novo Império como o deus dos Medicamentos e seu templo pode ser considerado, tranquilamente, como o primeiro hospital da humanidade.
Inclusive, no Egito existia a Biblioteca Faraônica Imhotep, que armazenava todos os seus tratados de medicina e cirurgia.
Além de pai da medicina, o mesmo é o pai da filosofia, já que quando Sócrates nasceu em 470 a.C., Imhotep já havia analisado os conceitos fundamentais como espaço, tempo, volume, a natureza das doenças, a existência de Deus e a imortalidade.
Imhotep, um egípcio mortal que alcançou a posição de deus, é um lembrete do que os grandes homens e mulheres negras afirmam a eras: somos os grandes e originários pensadores e intelectuais do mundo.
E aí já conhecia a história de Imhotep?
“É preciso ter muito cuidado, muito cuidado mesmo, ao apresentar a verdade ao homem preto que nunca antes ouviu a verdade a respeito de si mesmo, de sua espécie e do homem branco”. – Malcolm X
Texto de Mayra de Jesus Luiz – Verbo Preto
Para saber mais adquira o livro Os Filósofos Egípcios – Vozes Ancestrais Africanas: De Imhotep a Akhenaten – Molefi Kete Asante
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